domingo, 28 de fevereiro de 2010

Roger Ballen

"Faz-nos selvagens. Ele nos abre para os aspectos incertos, chocante e assustadoramente banal do sonho acordado, contraindo-se entre animais e humanos, o limpo e o impuro, o animado e o inanimado, o vívido e o imaginado, o natural e o realizado."

Roger Ballen nasceu no ano de 1950, em Nova York, EUA. Posteriormente, em 1970, foi morar em Joanesburgo, África do Sul. Onde, inclusive, progrediu com o seu trabalho de fotografia documental. Entretanto, sua categoria documental foi lacônica, pouco tempo depois seu trabalho foi tormando formas mais "fictícias". Inspirado por pintores da América 'Field' dos anos 1960 e início dos anos 1970, tudo o que reside dentro de seu campo visual é significativo. Assim, Ballen não é um fotógrafo para as divisões padrão, como sujeito e objeto, motivo e fundo. Uma mancha de areia em uma parede é tão importante para a leitura da obra, como gestos mais humanamente comunicativos como um sorriso ou uma careta. Esse foco ampliado pictórico produz uma espécie de animismo, onde objetos que são mudos na obra de outro fotógrafo, passam falar em uma língua caótica e atraente, fazendo com que a imagem mais ostensivamente naturalista seja mais surreal do que real. Em seu trabalho mais recente (publicado pela Phaidon Press, em 2009), Roger Ballen, embora ter ausentado um pouco a figura humana (tendo a erradicado completamente em algumas obras), criou intensos e carregados espaços subjetivos que se reproduzem como parte da mente, como se a arquitetura muito espacial dos nossos estados internos fossem espelhados por estes poemas ambíguos do objeto visual.

"Em última análise, portanto, o trabalho de Roger Ballen é uma forma de subjetivismo radical, inquietante, uma psicologia do próprio mundo que representa o interior da política, no interior da ideologia, o interior de nós mesmos."















Bibliografia:
www.wikipedia. com
www.rogerballen.com
www.edelmangallery.com


Site:
www.rogerballen.com

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Julian Opie

Patrick Caulfield e Michael Craig-Martin foram as grandes inspirações para o trabalho do artista britânico Julian Opie, nascido em 1958. Sua estética é resultante da transfiguração de ítens da vida cotidiana em esculturas ou ilustrações que são obtidas com ajuda de um software de computador, que reduz fotografias em reproduções figurativas.

"Profundamente interessado na constante produção de uma espécie de entropia informacional pelos atuais meios de comunicação, que produzem e sustentam uma cultura de frases e ideias feitas, uma cultura da artificialidade baseada em constantes condensados de cópias e de réplicas, o trabalho de Opie, até 1986, produziu uma espécie de universo neo-Pop de forte impacto visual. Criando obras fundamentalmente icônicas, a partir de uma linguagem visual urbana e cotidiana comum, Julian Opie trabalhou perspicazmente o hibridismo das linguagens escultórica e pictórica que lhe era proporcionado pelas várias indefinições artísticas e comunicativas das mesmas, nas décadas mais recentes. A partir de 1986-87, alterou profundamente a imagética das suas obras, que abandonaram o entusiasmo pela banalidade em favor de um sutil e irônico minimalismo, mantendo, no entanto, a sua qualidade de ícones e a reflexão sobre a distinção, agora muito mais camuflada e sem recurso à pintura, entre a escultura e objectos de uso comum."
(In Catálogo A Ilha do Tesouro, Lisboa, CAMJAP/FCG, 1997, p. 234.)











Na capa do CD da banda britânica "Blur" (Blur's best of album) , os membros da banda foram transformados em estilo "Opie", pelo mesmo. Fato que repercutiu em um grande reconhecimento do público sobre o seu trabalho.






Site:
www.julianopie.com

domingo, 25 de outubro de 2009

Francesca Woodman

Durante uma vida bem curta, foram feitas as fotografias de Francesca Woodman, fotógrafa que nasceu em Denver, capital do Colorado, em 1958. Começou a desenvolver suas habilidades fotográficas quando entrou em um internato privado para cursar o ensino médio, quando tinha apenas 13 anos. Posteriormente, estudou em Roma, na Itália, onde conheceu alguns artistas e intelectuais italianos.

Em suas fotografias, utiliza o corpo como principal elemento e sempre deixa presente uma idéia-característica de rastro, vulto, mistério. Teve fortes referências do surrealismo e goticismo e, mais precisamente, de alguns artistas como Deborah Turbeville, Man Ray, Duane Michals, etc.

Em 1981, por conta de uma ruptura em seu relacionamento, teve uma forte depressão e suicidou-se em Nova York, pulando de uma janela, aos 22 anos de idade, uma semana após a publicação de seu livro “Disordered Interior Geometries” e deixando apenas, ao todo, 120 fotografias que já foram exibidas ou publicadas.



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Loretta Lux

Loretta Lux é uma fotógrafa e ex pintora alemã, hiperrealista, que através de uma combinação de fotografia, pintura e tratamento digital, produz retratos de crianças  que por um bom tempo foi seu principal e único tema. Apaixonada pela pintura desde cedo, afirma utilizar-se da câmera e dos tratamentos digitais como um artifício para a prática desta, o que se torna característica bastante influente em seus retratos. Alega ter passado da pintura para a fotografia por não ter se dado bem com o seu processo físico, "o que eu gosto tão mais no meu atual processo de trabalho é que posso fazer dúzias de versões de uma imagem e salvar, comparar e retrabalhá-las como quiser. Com a pintura, não se pode retirar camadas e camadas de tinta tão facilmente. Pintura, em comparação, é complicada e bagunçada." (Loretta Lux à uma entrevista para o blog do Paraty em Foco). Definindo-os como retratos imaginários, Loretta trabalha num processo bastante prolixo para cada retrato, produzindo assim um número bem pequeno de fotografias anuais.

Nasceu em 1969, em Dresden, na Alemanha. Em 1990 se formou na Academia de Belas Artes de Munique e, em 2004, estreou na tribuna Yossi Milo, em Nova York. Foi influenciada por pintores do romantismo alemão, como Caspar David Friedrich e Philipp Runge e também pelas obras do pintor italiano Agnolo Bronzino e do espanhol Diego Velázquez.

Neste ano de 2009, foi a principal estrela do V Paraty em Foco - Festival Internacional de Fotografia, que ocorreu no Município de Paraty-RJ entre os dias 23 e 27 de setembro.









Site:

www.lorettalux.de